SPS e Seir se unem no combate ao racismo na primeira infância
As secretarias da Proteção Social (SPS) e da Igualdade Racial (Seir) ampliam as atividades socioassistenciais, de combate ao racismo na Primeira Infância e de fortalecimento de vínculos familiares e parentalidade nos territórios quilombolas do Estado. Na última semana, gestoras das duas secretarias e do Instituto Promundo se reuniram para discutir estratégias, como a realização de novos cursos de formação de técnicos e de pessoas das comunidades, para levar serviços de saúde, educação e de assistência nos quilombos.
A intenção, explica a coordenadora do programa Criança Feliz, Silvana Simões, é promover o fortalecimento de vínculos afetivos na família, com maior participação de crianças, jovens e pais para que compreendam o significado e as responsabilidades materna e paterna na família e na comunidade. “O objetivo é combatermos o racismo, já a partir da Primeira Infância”, complementa a gestora do BigData Social, da SPS, Laécia Gretta.
Nesse sentido, novo curso de formação de técnicos e de quilombolas será realizado nas comunidades de Matões, em Itapipoca, e em Tururu, a exemplo do executado, recentemente, no município de Araripe, na Região do Cariri. “Queremos ampliar a parceria com a SPS, com foco na Primeira Infância, na igualdade racial e na paternidade negra”, antecipa a secretária-executiva da Secretaria da Igualdade Racial, Martir Silva.
Quebra de paradigma
“Precisamos compreender primeiro como crianças e jovens negros enxergam e entendem o significado de paternidade e a própria masculinidade, a começar pela escuta da comunidade, para que, então, realizemos a formação das pessoas”, sugere o gerente do Instituto Promundo, Luciano Santos.
Ele explica que é importante e necessário envolver mais os homens na discussão da realidade, dos afazeres e responsabilidades das mulheres, para que participem mais do dia a dia familiar e da comunidade. “Precisamos cobrar mais responsabilidade dos homens na paternidade”, defende.
“Esse é um desafio grande, uma quebra de paradigma na política do cuidado familiar, que impõe à mulher a responsabilidade para resolver todas as questões, desde a alimentação, vacinação, educação dos filhos. O peso sobre a mulher é muito grande”, acrescenta Martír Silva.
Fonte: ceara.gov.br